quarta-feira, dezembro 20, 2006

Ode Masoquista à uma Doce Menina

Serei seu empregado, seu anjo da guarda.
Você minha dona, de chicote e de farda.
Sou Severino, o escravo em peles.
E tu, a forte chibata que meu lombo feres.
Se algum estrago eu cometer, pode bater sem eu merecer.
Se me comporto como um velho pulha
Por favor, me pise no couro com seu salto agulha.
Nunca eunuco e pra sempre seu.
Nunca reclamo do que me deu.
Dia após dia amarrado à sua cama.
Cão servil, potro viril, paixão insana.
Te alimento na boca, te sirvo em tudo.
Se me cospe na cara, me mantenho mudo.
Estoca o bastão, me fura o sexo.
Me parte no meio o teu bruto reflexo.
Morde meus lábios até verter sangue.
Me enterre em tua cona até que se estanque
Não busco mais nada deste mundo canino.
Sou teu filhote por ti ganindo
Sempre sob sua rude bota.
Me esfrego em teus seios e mordo tua grota.
E se os espasmos do teu corpo frementenão me abandonam no alto da noite
fico feliz pois seu corpo é presente
e com certeza darás meu açoite.