quarta-feira, novembro 28, 2007

E mais um dia rubro vem...

E mais um dia rubro vem...
logo cedo, fustiga o calor pelas sobras dos rígidos prédios.
Trinca telhas, purga nos os tampos das cabeças,
os vidros multiplicam seu alcance, diamantes, pneus e asfalto se fundem.
Ao fundo, reverberam surdos trovões anunciando o inicio do verão,
com seus chocalhos de cascavel, chuvas de fim de ano e mosquitos borrachudos.
Cá em Belo Horizonte, teremos boas chances de praia neste fim de semana.
Ao meio dia, o mormaço estagnado do sol a pino paralisa a vida, o som e as sombras
A luz bestial nos trespaça. Impotentes, digerimos nossas mazelas.
tensionando tudo como corda de violão desafinado.
Bemols, sustenidos e ultra violetas em música silenciosa.
A brisa lambe pela primeira vez, mas sem saliva.
Com medo, nuvens cor de chumbo e suas trovoadas fogem ao largo.
impera o azul mais lindo do mundo, é fim de tarde.
Vem torcendo amaçaneta do dia, escorregando barulhenta pelo buraco da fechadura da porta, a noite.
Estrelas pontilham o breu sem fundo trazendo alívio.
Sua majestade, a lua gorda do fim de novembro. Brinca branca uma luz irreal.
Enfim, o descanço do nosso couro massacrado
Mais tarde, amanhecerá outra vez.
tenham um bom dia!