" A liçaõ que não aprendi.""

"Uma manhã, pus tudo abaixo.
Não me contive, morri ali, chorei sangue.
TNT em mãos. cockteis molotov. Gasolina.
A magoa de me sentir usado por aquela menina, de me sentir sozinho
A angústia da urgência e da ignorância me exultaram, me confundiram.
Me expus como louco, sou um louco afinal.
Me joguei entre carros e caminhões em disparada.
Po ruas idênticas, não sei mais onde estava.
Com olhos mareados pelo sangue, acinzentados pela fuligem.
Tirei minha pele em praça pública, fiquei em carne viva.
Aos pedaços, como um bom enigma.
Allah me instruiu a amar
Nesse meu jihad, me entreguei.
E amei, amei muito, e amarei muito mais.
Essa mulher de longilíneos braços, esses tentáculos de seda.
de beijos suaves como as manhãs ja vividas.
desejos de ter de volta aquilo que deixei numa esquina do bairro são lucas."
30/julho/06